
Trabalho está mais caro em Portugal: Custos salariais sobem 4% no primeiro trimestre de 2025
Os custos do trabalho voltaram a subir em Portugal, embora a um ritmo mais moderado do que no final do ano passado.
Depois de uma subida de 10,1% no final de 2024, crescimento dos custos abrandou
Segundo dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), no Notícias ao Minuto, o Índice de Custo do Trabalho (ICT) registou um aumento homólogo de 4,0% no primeiro trimestre de 2025.
Custo por trabalhador e horas trabalhadas em alta
De acordo com o relatório do INE, tanto os custos salariais como os outros custos aumentaram 4,0% por hora efetivamente trabalhada, em comparação com o mesmo período de 2024. Esta evolução resulta da conjugação de dois fatores principais: “A evolução homóloga do ICT resultou também da conjugação do acréscimo de 5,4% no custo médio por trabalhador e do acréscimo de 1,5% no número de horas efetivamente trabalhadas por trabalhador”, refere o INE.
O aumento do custo médio por trabalhador verificou-se em todas as atividades económicas, mas com variações de intensidade. A Administração Pública destacou-se com a maior subida (5,8%), enquanto os Serviços registaram a menor (5,0%).

Serviços lideram aumento do custo por hora
Apesar de terem registado o menor aumento no custo médio por trabalhador, os Serviços foram a atividade com o maior acréscimo no Índice de Custo do Trabalho, com uma subida de 5,1%, devido à ligeira quebra nas horas trabalhadas: “As horas efetivamente trabalhadas por trabalhador aumentaram em todas as atividades económicas, com exceção dos Serviços, onde diminuíram 0,1%”, indica o INE.
Outras áreas, como a Administração Pública, também se destacaram, com um aumento de 3,1% nas horas trabalhadas, e a Construção teve o crescimento mais modesto neste aspeto, com apenas 0,5%.
Crescimento abrandado face ao final de 2024
Apesar do aumento de 4,0%, o crescimento dos custos do trabalho abrandou consideravelmente em comparação com o último trimestre de 2024, onde o ICT registou uma subida de 10,1%. Esta desaceleração pode refletir um ligeiro alívio para as empresas, mas os dados confirmam que o custo do trabalho continua a subir de forma generalizada em todos os setores da economia.
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